Nos
últimos tempos, temos acompanhado o noticiário e visto como o comportamento
tanto da imprensa como o da população varia conforme o que é noticiado. Fica
cada vez mais evidente que o que vale para alguns não funciona para outros,
perpetuando assim o clássico “Dois pesos e duas medidas”.
Enquanto
acompanhamos o desenrolar da importante investigação feita pela Operação Lava
Jato, que vem descobrindo uma série de histórias nebulosas que precisam ser
esclarecidas vemos outras, onde tudo o que é apregoado em relação aos
investigados em operações como Lava Jato e Zelotes, não temo menor efeito e ou
sentido.
Recentemente
foi divulgado que o jogador Neymar e seu pai são investigados por questões
fiscais, no Brasil e na Espanha e que aqui, eles teriam aberto empresas para
lavar dinheiro – uma delas, com apenas dois funcionários (seguranças), faturou
em um ano, quase R$ 80 milhões - e o mais tosco dessa história é ver muita
gente dizer que não há anormalidades nesse caso, ainda que outras empresas da
mesma área estejam sendo investigadas, justamente por conta de histórias mal
contadas.
Por
que este caso não tem o mesmo tratamento que a história da empresa de marketing
do filho do Lula? Utilizar como justificativa a possibilidade de uso de tráfico
de influência neste caso, tendo em vista que o empresário era na época dos “rolos”
filho do presidente da República e que no caso do jogador do Barcelona, não há
envolvimento com o dinheiro público, não vale. Irregularidades, independente de
suas origens e ou motivações precisam ser averiguadas e punidas quando
confirmadas.
Outro
caso recente mostra uma irregularidade interna em um grande grupo de comunicação
do país. Refiro-me a notícia de que dois dos três filhos do Casal Willian
Bonner e Fátima Bernardes, atualmente estagiam na Rede Globo, um trabalha na
produção de Amor e Sexo, a outra na produção do Big Brother.
O
estranho da história é que os três filhos do casal, ainda irão prestar vestibulares
e nenhum deles pretende atuar em televisão. Um quer ser engenheiro, a outra
psicóloga e a terceira filha quer ser designer – esta não está trabalhando na
Globo no momento -.
Para
complicar ainda mais a questão, segundo a própria Rede Globo, esses jovens
estão apenas conhecendo o local de trabalho dos pais, ainda que estejam
trabalhando em atrações diferentes das dos mesmos e o que eles fazem lá não
seria um estágio.
Ainda
segundo a emissora do Jardim Botânico, a única maneira de conseguir estagiar lá
é passar pelo processo conhecido como Programa Estagiar e nenhum dos três tem
os requisitos para tentar uma vaga no programa, uma vez que é necessário
estudar Comunicação Social e nenhum deles cursa ainda o nível superior.
A
Rede Globo burlou suas próprias regras para beneficiar apadrinhados e a reação de muitos que batem palma para os que
combatem a corrupção foi apenas afirmar que não há nada de errado nesta
prática, que se tivessem tal oportunidade fariam o mesmo, deixando assim o
discurso de justiça e combate a corrupção, apenas na teoria.
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