segunda-feira, 8 de junho de 2015

Charles Dickens, mestre do suspense e da sátira



O mais popular e humano romancista inglês retratou a Londres de sua época. Aprendeu inglês e latim com sua mãe, mas foi obrigado a deixar os estudos, quando seu pai foi preso, por conta de dívidas. Passou a trabalhar em uma fábrica de tintas, onde permaneceu por vários meses. Retoma os estudos quando seu pai paga as dívidas e reconquista a liberdade.

Depois de deixar a fábrica, trabalhou em um cartório. Alguns anos depois passa a trabalhar como repórter e redator de peças curtas em alguns periódicos, com o pseudônimo de Boz.

Em 1837, Charles Dickens alcança a fama após escrever “Memórias de Sr. Pickwick”, obra publicada em um jornal durante 20 meses, em forma de folhetim, onde retratava alguns de seus amigos de maneira humorada utilizando-se de caricaturas.

Além de Pickwick, Dickens escreveu mais 14 obras, a maioria foi publicada também em formato de folhetim. Em Oliver Twist (1838), o mais sinistro de seus romances, ele descreve os horrores do trabalho nas usinas. A obra é considerada um ensaio social sobre a época.

Em Nicolas Nickeby, escrita em 1839, Dickens associa o cômico ao trágico, condenando os internatos dirigidos por professores perversos e ignorantes. Em 1843, publica A Christmas Carol. Em David Copperfiled, de 1850, um romance autobiográfico, Dickens retrata a vida como a viu em uma época sombria quando trabalhava na fábrica de tintas, quando era criança.

Em vários romances o escritor e jornalista critica as condições econômicas e sociais de sua época. O contraste entre o ambiente dos empregadores e seus subordinados, condições deploráveis do trabalho das crianças, a vida miserável dos pobres e a crueldade da prisão por dívidas, testemunhando o lado mais sombrio da revolução industrial.

Dickens dominava a arte do conto, ora fazia rir, ora comovia os leitores e ou ouvintes, criava tipos variados. Ganhou fama como orador, cria sua própria companhia de teatro e percorre o país, escrevendo peças e representando. Faleceu em 9 de junho de 1870, vítima de um acidente vascular cerebral, foi sepultado na Abadia de Westminster. Em sua lápide, lê-se o seguinte epitáfio:  Apoiador dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos”.

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