sábado, 11 de janeiro de 2014

O futebol tem coisas que eu não entendo



Há alguns anos atrás um grande clube brasileiro assinou um contrato de parceria com um misterioso grupo de investidores internacionais que desejavam à época atuar no mercado brasileiro. A parceria não durou muito tempo e mesmo com a conquista do Brasileirão, ela gerou mais polêmicas do que benefícios.

O fundo investidor acabou sendo investigado pelo Ministério Público e pela Policia Federal, por lavagem de dinheiro e a parceria foi encerrada deixando o clube na pior crise de sua história, figurando mais nas páginas policiais do que no caderno de esportes.

Anos depois o mesmo clube assinou um contrato de patrocínio com uma estatal que também gerou polêmica. Teve até ação judicial impedindo o repasse dos valores acordados entre as partes. A alegação para justificar essa ação era a de que o Estado não pode repassar dinheiro público para instituições privadas sem que haja a contrapartida por parte da instituição.

Esse fato gerou polêmica por um tempo e se estendeu por que o mesmo banco estatal fechou contrato de patrocínio com outro gigante nacional, que enfrentou os mesmos problemas do primeiro. Entretanto, algum tempo depois o bom senso prevaleceu e os repasses foram liberados. O banco inclusive ampliou consideravelmente o número de clubes patrocinados.

Agora, me surpreendo com a informação de que outro grande clube brasileiro fechou um contrato de patrocínio com uma multinacional que está impedida pela justiça de atuar no Brasil. O argumento que sustenta a decisão judicial é que o braço brasileiro da empresa é acusado de fazer lavagem de dinheiro.

Esse acordo de patrocínio levanta ao menos uma questão complicada. Por que uma multinacional que não atua no mercado brasileiro (impedida pela justiça) investiria pesado em patrocinar um grande do nosso futebol? É preciso esclarecer essa dúvida.

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