segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A forma é mais importante do que o conteúdo

De tempos em tempos aparecem algumas propostas apontadas como a saída para a melhora da educação brasileira. A última proposta nesse sentido é o famigerado “Escola Sem Partido”, que segundo seus defensores, busca eliminar as questões ideológicas, do ensino brasileiro – como se isso fosse possível -. A justificativa deles é baseada em uma suposta supremacia no ensino de pensadores de esquerda, em relação aos de direita.

Pois bem, passei por todos os níveis da educação. Ensino Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior e confesso que nunca presenciei essa realidade apontada pelos simpatizantes da proposta. Tive professores das mais variadas formações ideológicas e em nenhuma das aulas, os vi fazendo “apologia” ao pensamento pelo qual eles simpatizavam.

Mas na realidade, o foco deste texto não é o “Programa Escola Sem Partido”. É preciso transformar a educação brasileira, mas não com essas “pataquadas”. É necessário que se reestruture a estrutura das escolas e também do ensino, ampliando as horas diárias de estudo e também a grade curricular. É preciso que tratemos sem a negligência atual, disciplinas como Artes, Educação Física e Ciências.

Por isso, a forma é mais importante do que o conteúdo para se corrigir essa triste realidade que se prolonga há anos. Nossa educação carece de escolas mais estruturadas que garantam o real aprendizado nas áreas supracitadas. Ao invés de ficarmos dando asas para essas cortinas de fumaça e investir de forma mais acertada na formação dos professores, dando a eles reais condições para lecionarem, inclusive incentivando os estudantes a se aprofundarem nas questões referentes a essas disciplinas.

Para isso, precisamos de mais instituições de ensino com laboratórios de ciências, bibliotecas, quadras e espaços esportivos e culturais. Assim, transformaremos a educação e consequentemente  a sociedade.

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