Filho de uma família de origem judaica, falante de
Yiddish, que emigraram da Lituânia e da Polônia, Seymour Myron “Cy” Hersh,
nasceu em Chicago, no dia 8 de abril de 1937, graduou-se em História na
Universidade de Chicago e depois foi cursar direito na mesma universidade,
entretanto, acabou jubilado de lá, devido às notas baixas.
Após sua saída da universidade, voltou a trabalhar
em uma rede de farmácias onde se empregou enquanto estudava. Pouco tempo
depois, iniciou sua carreira jornalística trabalhando como repórter policial
para o City News Bureau, em 1959. Depois foi trabalhar como correspondente da
United Press, em Dakota do Sul.
Em 1963, passa a trabalhar como correspondente da
Associated Press em Chicago e Washington. Nessa época, Hersh conheceu Isador
Feinstein Stone, um jornalista independente e critico do macarthismo. O jornal
de Stone – I. F.
Stone's Weekly – inspira Hersh
em seus trabalhos posteriores. Ainda nessa época, Hersh passa a formar seu
estilo de jornalismo investigativo, ultrapassando os briefings do Pentágono e
buscando entrevistar individualmente os oficiais de alto escalão.
Após desentendimento com a Associated Press, que se
recusou a publicar suam matéria sobre as atividades do governo dos Estados
Unidos, envolvendo armas biológicas e químicas, Seymour Hersh sai da AP e vende
a mesma matéria para a revista The New Republic.
Hersh passa então a se especializar em reportagens
sobre geopolítica e assuntos militares dos Estados Unidos. Em 1968, Hersh
trabalhou como assessor de imprensa do senador Eugene McCarthy, que disputou
aquela eleição pelo Partido Democrata.
Em 1969, publica matéria onde revela o projeto
Jennifer, que consistia na tentativa de resgate dos destroços do submarino
soviético K-129, promovida pela CIA, buscando ter acesso a dados e tecnologias
soviéticas.
Em 1970, ganhou o Prêmio Pulitzer, pela matéria onde
denunciou o Massacre de My Lai, no Vietnã, em
novembro de 1969. Escreveu o livro The Price
of Power: Kissinger in the Nixon White House, que ganhou o National Book
Critics Circle Award. Essa matéria sobre o massacre, é anos depois, publicada no livro “O Grande
Livro do Jornalismo”, editado por Jon E. Lewis, publicado no Brasil pela
Editora José Olympo, com tradução de Marcos Santarrita.
Em 1974, publica material revelando atividades
ilegais da CIA contra organizações pacifistas e outros movimentos políticos de
oposição, nos Estados Unidos. Essa matéria levou a demissão de James Jesus
Angleton, então chefe da contraespionagem da CIA.
Em 2003 publica o artigo “Selective Intelligence”
revelando a existência do Office Of Special Plans (OSP) do Departamento de
Defesa norte-americano. Em 2004, Hersh relata as manobras do vice-presidente
Dick Cheney e do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld para
retirar as funções normais de inteligência da CIA, garantindo assim a invasão
do Iraque em 2003. Em outro artigo, “Lunch with the Chairman”, sobre o político
e lobista Richard Perle, levou Perle a afirmar que Hersh era o que de mais
próximo ao terrorismo, existindo no jornalismo estadunidense.
Em maio de 2004, Hersh publica uma série de artigos
descrevendo e mostrando com fotos, a tortura de prisioneiros em Abu Ghraib, por
militares dos Estados Unidos.
Hersh escreveu ao todo oito livros e contribui
regularmente para a The New Yorker em questões militares e de segurança e ainda
hoje, desperta polêmicas com suas histórias.
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