O
bom de ser viver em regimes democráticos e que podemos expressar nossas
opiniões, concordando ou não com a dos outros. Reconheço a importância da Vênus
Platinada na questão do entretenimento no Brasil, suas produções são referência
em todo o mundo e isso é inquestionável. Entretanto, não posso concordar com a
afirmação: “Ainda bem que tem a Globo”.
Não
também não concordo com as pautas apresentadas pelos manifestantes que pediram
a cassação da concessão da emissora, mas acho que é uma pauta válida, apenas
fora de hora. Não sou fã dos bordões/palavras de ordem como “O povo não é bobo,
abaixo a Rede Globo”, acho que é fazer este importante debate, que é a
democratização da comunicação, de uma forma rasa e torta demais.
Mas
ainda assim, não é possível corroborar, com as manifestações pró-Globo. Conheço
algumas histórias envolvendo a emissora, que são dignas de histórias das
máfias. Por isso, mesmo respeitando muitos profissionais que lá estão, não
tenho motivos para comemorar esta boda.
Não
caio neste papo furado de que sem a Globo teríamos o que? Não acho que as
falhas de seus concorrentes, justifiquem as lambanças de ninguém. Também acho
muito relativizado este debate sobre governos democráticos na América Latina.
Quanto ao novo marco regulatório para as comunicações, sempre defendi esta
tese, justamente por não entender que a regulação, tenha relações com a
censura, como muitos querem acreditar.
Com
as comemorações dos 50 anos, era evidente que ela exaltaria sua história que
tem sim, muita coisa boa. Seria muito estranho, se não ridículo, que nas
comemorações deste cinquenta anos, eles exibissem documentários, como “Muito Além do Cidadão Kane”.
Quanto
a questão da cassação da outorga, acho que o que deveria ser feito é, ao final
do contrato de concessão, o governo, que o concedente deve avaliar o que foi
cumprido do mesmo e o que não foi. Caso, haja base jurídica para o encerramento
do mesmo, ele deve não ser renovado.
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