Hoje
é um dia triste, triste e inesquecível. A derrota fragorosa que a seleção
sofreu para a Alemanha, no Mineirão mostrou que muita coisa precisa ser mudada
no nosso futebol. Nunca concordei com a escolha do Felipão para a seleção. Não
gosto do estilo de trabalho dele e não achava correto que o técnico, recém-rebaixado
para a série B, com uma grande equipe brasileira, assumisse a
seleção nacional.
A preparação
do Brasil para a Copa foi um acumulo de equívocos. Para substituir Dunga, que
fracassou em 2010, veio Mano Meneses, que hoje tem consciência de que errou ao
deixar o time que brigava pelo campeonato brasileiro, para embarcar nessa canoa
furada. Após uma série de infortúnios, como a eliminação precoce na Copa América
da Argentina e a medalha de prata diante do México na olimpíada de Londres, Mano caiu.
Mesmo tendo ganhado dois Super Clássico das Américas, foi substituído por
Felipão. O gaúcho levou a Copa das Confederações, mas não teve sucesso na Copa
do Mundo em casa. Não será a substituição do técnico, dizem que Tite vem para o
lugar de Felipão, que resolverá essa situação. É necessária uma ampla
reformulação estrutural do nosso futebol, envolvendo estrutura e mentalidade.
Para
isso, será preciso tempo, assim como aconteceu com os alemães que iniciaram
esse processo em 2000, após um vexame na Eurocopa daquele ano e que já vem
mostrando resultados interessantes tanto para os clubes, como para a seleção.
Somente após essa real mudança de rumos é que o Brasil voltará a ter um futebol
nos moldes que fez a canarinho ganhar o respeito que adquiriu nesses 100 anos
de história.
Aos
jovens torcedores
Faz
12 anos que o Brasil não sabe o que é ser campeão do mundo. Esse intervalo
garantiu uma grande parcela de nossa população sem saber o que é gritar
campeão. Era mais do que esperado que nessa Copa, muitos pequenos torcedores
tivessem essa alegria, que infelizmente não se confirmou.
Vi
hoje após a partida muitos garotos chorando copiosamente a derrota que foi
muito doída, para quem como eu, já acompanhou muitas copas. Essa foi minha
sétima copa e ao ver esses garotos nessa situação, me lembrei da Copa de 90 na
Itália. Minha primeira Copa e imediatamente veio a lembrança da minha reação ao
gol do Caniggia, que nos eliminou nas oitavas de final.
Chorei
como esses meninos e passei o resto do dia inconsolado pela decepção
futebolística – a primeira, mas não a mais doída - Tal tristeza só acabou ao
final do ano, quando meu time se tornou campeão brasileiro pela primeira vez.
Felizmente, já na Copa seguinte, tive a felicidade de ver a seleção campeã, o
que espero que aconteça com esses garotos o quanto antes por que assim como
eles, eu também estava e continuo ansioso para gritar é campeão.
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