terça-feira, 8 de julho de 2014

Sobre a seleção e a Copa



Hoje é um dia triste, triste e inesquecível. A derrota fragorosa que a seleção sofreu para a Alemanha, no Mineirão mostrou que muita coisa precisa ser mudada no nosso futebol. Nunca concordei com a escolha do Felipão para a seleção. Não gosto do estilo de trabalho dele e não achava correto que o técnico, recém-rebaixado para a série B, com uma grande equipe brasileira, assumisse a seleção nacional.

A preparação do Brasil para a Copa foi um acumulo de equívocos. Para substituir Dunga, que fracassou em 2010, veio Mano Meneses, que hoje tem consciência de que errou ao deixar o time que brigava pelo campeonato brasileiro, para embarcar nessa canoa furada. Após uma série de infortúnios, como a eliminação precoce na Copa América da Argentina e a medalha de prata diante do México na olimpíada de Londres, Mano caiu.

Mesmo tendo ganhado dois Super Clássico das Américas, foi substituído por Felipão. O gaúcho levou a Copa das Confederações, mas não teve sucesso na Copa do Mundo em casa. Não será a substituição do técnico, dizem que Tite vem para o lugar de Felipão, que resolverá essa situação. É necessária uma ampla reformulação estrutural do nosso futebol, envolvendo estrutura e mentalidade.

Para isso, será preciso tempo, assim como aconteceu com os alemães que iniciaram esse processo em 2000, após um vexame na Eurocopa daquele ano e que já vem mostrando resultados interessantes tanto para os clubes, como para a seleção. Somente após essa real mudança de rumos é que o Brasil voltará a ter um futebol nos moldes que fez a canarinho ganhar o respeito que adquiriu nesses 100 anos de história.

Aos jovens torcedores

Faz 12 anos que o Brasil não sabe o que é ser campeão do mundo. Esse intervalo garantiu uma grande parcela de nossa população sem saber o que é gritar campeão. Era mais do que esperado que nessa Copa, muitos pequenos torcedores tivessem essa alegria, que infelizmente não se confirmou.

Vi hoje após a partida muitos garotos chorando copiosamente a derrota que foi muito doída, para quem como eu, já acompanhou muitas copas. Essa foi minha sétima copa e ao ver esses garotos nessa situação, me lembrei da Copa de 90 na Itália. Minha primeira Copa e imediatamente veio a lembrança da minha reação ao gol do Caniggia, que nos eliminou nas oitavas de final.

Chorei como esses meninos e passei o resto do dia inconsolado pela decepção futebolística – a primeira, mas não a mais doída - Tal tristeza só acabou ao final do ano, quando meu time se tornou campeão brasileiro pela primeira vez. Felizmente, já na Copa seguinte, tive a felicidade de ver a seleção campeã, o que espero que aconteça com esses garotos o quanto antes por que assim como eles, eu também estava e continuo ansioso para gritar é campeão.

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