Após
a derrota brasileira no Mineirão e a consequente eliminação do Brasil na Copa
de 2014, acabei entrando em um debate virtual sobre a possibilidade de a
seleção ser comandada por um treinador estrangeiro. Não é a primeira vez que
vejo esse debate e assim como da outra vez, quem iniciou tal questionamento foi
a imprensa esportiva, que já fizera isso quando anos atrás a CBF trocou de
treinador e o Pep Guardiola vivia seu ano sabático.
Essa
situação foi o gatilho para que se iniciasse tal debate. Não era favorável a
essa ideia na época e continuo não sendo agora. Entretanto, levanto aqui alguns
nomes que poderiam ser lembrados, caso a CBF adote essa medida e aponto, qual
desses seria a minha opção.
A
primeira opção é obviamente o técnico Guardiola, grande vencedor no Barcelona
da época em que o time catalão revolucionou e dominou o futebol mundial. Acho
complicado que tal possibilidade se consolidasse, uma vez que Pep ainda está
iniciando um trabalho no Bayern de Munique, o que dificilmente permitiria
embarcar em qualquer outro novo projeto.
Guardiola
é um grande treinador, multi campeão, mas para mim ainda falta um pouco de
caminhada para ser o grande treinador que muitos falam. Guardiola é bi campeão
da Champions e Mundial e isso o coloca entre os gigantes, mas ainda falta à ele
outras conquistas para ser equiparado a outros grandes nomes.
Durante
a Copa, surgiram rumores de que Mourinho deixaria o Chelsea para assumir uma
seleção, o que é complicado, pois seu trabalho ainda está no início no time
londrino, mas em se tratando do luso, nada me surpreende. Acho o portuga um
baita técnico, mas não gosto de vê-lo como treinador de uma equipe que eu
torça. Já tive essa experiência algumas vezes e mesmo com as conquistas, acho
que o resultado geral não foi bom.
Fabio
Capello poderia ser um bom nome, entretanto a campanha abaixo das expectativas com
a seleção russa nessa Copa e o trabalho focado para a próxima Copa, quando sua
seleção jogará em casa, atrapalham qualquer tentativa de tirar o italiano,
daquela seleção. Outro ponto negativo para Capello é que seu currículo é menos
laureado que o dos treinadores supracitados.
Entre
outros grandes treinadores estrangeiros, que vejo como possibilidades nesse
caso, temos Carlo Ancelotti e Marcelo Lippi. Ambos da escola italiana, com
currículos diversificados e vencedores.
O
primeiro, dificilmente viria, pois substituiu José Mourinho no Real faz pouco
tempo e seu trabalho já vem mostrando resultado. Os merengues levaram na última
temporada a Copa do Rey e a Champions, “La Decima” e o Real ainda ficou em
terceiro no Espanhol. Dificilmente o treinador tri campeão da Champions
trocaria o time espanhol pela seleção canarinho.
Já o segundo, que ganhou fama internacional
durante a passagem pela Juventus e que conquistou bons resultados em equipes
menores antes do treinar o time de Turim, atualmente treina o Guangzhou
Evergrande, da China.
Lá, ao lado de Conca, foi campeão chinês e asiático
e terminou o último Mundial de Clubes em quarto lugar, ao ser eliminado nas
semifinais pelo Bayern, que foi o campeão e depois perdeu para o Galo Mineiro
na disputa do terceiro lugar.
Além dessa passagem recente pelo futebol chinês,
Lippi tem em seu histórico, a conquista de uma Champions em 1996, com a Juventus
e o Mundial do mesmo ano com a equipe de Turim. Além das conquistas com os
clubes, o italiano foi campeão mundial pela Azurra em 2006, na Copa da
Alemanha.
Desta forma, acho que o treinador estrangeiro com
melhores chances de treinar nossa seleção seria Lippi, pois tem currículo, tem
experiência e não tem problemas tão sérios seja para trocar de projetos e ou
sobre acertos financeiros.
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