Esta
semana, o Brasil assistiu a criação de seu 35º partido político. Considerando
que o significado de partido, vem da representatividade de parte da sociedade,
o Brasil estaria muito fragmentado. Entretanto, como no Brasil, ideologia e
partido são expressões com pouca afinidade, vemos a proliferação de agremiações
partidárias a cada novo ciclo eleitoral.
O
número exagerado de partidos acaba por atrapalhar o bom funcionamento do
processo democrático no Brasil. Apenas para comparação, na Alemanha são apenas
12 partidos, no Canadá são cinco partidos, nos Estados Unidos são cinco partidos,
ainda que as eleições sempre fiquem polarizadas entre Democratas e
Republicanos. Na França são 14 os partidos políticos. Em Portugal, são 15 os
partidos políticos. No Reino Unido são oito os partidos e na Rússia, apenas
cinco.
Outro
problema referente aos partidos no Brasil está a falta de identificação
ideológica que esses partidos possuem. Políticos que fundam partidos apenas
para atenderem seus interesses eleitorais, gerando a incrível massa de “legendas
de aluguel”, que atuam apenas como moeda de troca nos processos eleitorais.
Essa realidade acaba por atingir a credibilidade das agremiações e contaminando
todo o sistema. Atualmente, o Brasil possui diversos partidos com pouquíssima,
ou nenhuma representatividade perante a sociedade.
Em
época que tanto se fala de reforma política, é necessário que toda a sociedade
atue também debatendo meios de garantir um enxugamento no universo partidário,
fazendo com que os poucos partidos que permaneçam existindo e que tenham
respaldo na representatividade de parcelas da sociedade identificadas com
determinada definição ideológica tenham mais força para melhorar sua atuação no
processo político nacional.
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