Assim
como outras bandeiras de luta relacionadas ao movimento feminista, a violência
contra a mulher ainda é um tema polêmico no Brasil, que continua apresentando
números preocupantes em relação a esta questão. A recente escolha do assunto
como tema para a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e a reação de
parte da sociedade mostrou que este assunto ainda alimenta polêmicas no país.
Segundo
pesquisas, 48% das mulheres agredidas declaram que a violência sofrida teve
como cenário a própria casa. Entre os homens esse número chega a 14%. A cada
cinco mulheres, três já sofreram violência em relacionamentos. 56% dos homens
admitem já ter cometido alguma forma de agressão contra suas parceiras.
O
número de mulheres que relatam viver em situação de violência de maneira
corriqueira é assustador, 77% delas afirmam sofrerem agressões semanalmente ou
ainda todos os dias. Em 80% dos casos de violência, as mulheres foram agredidas
por pessoas com quem tiveram algum vínculo afetivo.
Mesmo
sendo crime grave e uma clara violação aos direitos humanos, a violência contra
a mulher é uma mazela que persiste na sociedade e vem inclusive sendo
banalizada por parte da população, que vem adotando um comportamento mais
conservador na questão dos direitos civis.
É
preciso que se mude a cultura vigente no Brasil, ampliando as formas de
denunciar casos de violência contra a mulher e evitar discursos que banalizam
essa situação. O Estado e a sociedade precisam cada vez mais atuar no sentido
de educar e despertar a consciência da população, reduzindo assim os casos de
agressão às mulheres e garantindo estrutura para atender os casos de violência,
garantindo dignidade e direitos para as vitimas dessa mazela.
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