Desde
o fim das eleições deste ano, no dia 26 passado, uma parcela da população
inconformada com o resultado apresentado pelas urnas, passou a propagar ideias
erradas para, a partir dela, manipular a população e assim tentar alcançar seu
principal objetivo que é a tomada de poder.
Foram
manifestações pedindo impeachment da atual presidenta, reeleita agora para mais
quatro anos e também o apelo a uma intervenção militar. Esses comportamentos
servem apenas para apontar duas tristes características da sociedade brasileira
contemporânea.
A
primeira é a incompreensão do real significado da palavra democracia. De origem
grega, a palavra significa poder (kratos) do povo (Demo), regime de governo em
que todas as decisões importantes na política, são tomadas pelo povo, que
elegem através do voto, seus representantes. Em uma democracia, mais vital do
que a alternância de poder, tão cobrada durante a eleição, é o respeito à
vontade da maioria e no dia 26 de novembro, a maioria dos brasileiros decidiu
pela reeleição de Dilma. Qualquer ação contrária a isso é tentativa de golpe.
A
outra, é que mesmo após 25 anos de uma democracia que vem se consolidando, boa
parte da população ainda se encanta pela serpente do totalitarismo. Ao pedirem
por intervenção militar, mostram que além de desrespeitarem a democracia,
também tratam com desdém, a Constituição Federal, ao tentar distorcer a Constituição
de 1988, para justificar uma nova intervenção militar, exatos 50 anos depois da
primeira.
Segundo
o artigo 144 da Constituição de 1988, lei ou ordem, são entendidas como
sinônimo de segurança pública. E conforme o inciso 2o do artigo 15
da Lei Complementar no 97, de 1999 “a atuação das Forças Armadas, na
garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes
constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do
Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.”
Assim
sendo, o DNA golpista fica claramente exposto quando as pessoas vão as ruas ou
a internet pedir intervenção militar para tentar anular o resultado da última
eleição.
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