O texto de hoje, foi motivado por uma conversa que tive com meus pais recentemente sobre equipamentos tecnológicos e o avanço dos mesmos nos últimos anos. A conversa começou por conta de um aparelho de rádio que tinhamos em casa que ganhei do meu avô quando ainda era criança. Lembro que ele era bem maior que os rádios atuais e com ele, dependendo do local da casa em que estivessemos era possível captarmos conversas entre aeronaves que sobrevoavam a cidade, algo impensável para os aparelhos atuais.
Outro aparelho de rádio que tive, que tinha sido do meu outro avô, era possivel ouvir rádios não apenas de Macaé, minha cidade, como ouvia várias rádios de cidades vizinhas ou distantes como as da cidade do Rio de Janeiro. o rádio era tão bom que era possível ouvir estações de rádio do exterior, lembro de ouvir algumas rádios dos EUA e até da Guatemala, além é claro de raras vezes chegar a escutar a tradicionalísma BBC de Londres.
Hoje com o avanço tecnológico, não consigo mais ouvir rádios de outras cidades com tanta facilidade. Lembro que muitos anos depois disso, quando já estava na faculdade e estagiava em uma rádio do Rio, tive que fazer um verdadeiro malabarismo no rádio de casa para que a família me ouvisse na rádio. Consegui alcançar o objetivo, mas tive saudades do velho rádio do "vô Argemiro".
Esse fato mostra que ao mesmo tempo em que a tecnologia avança no sentido de nos aproximar, da maneira que o Teórico da Comunicação Marshall McLuhan (1911-1980) acreditava, ela acaba por nos afastar também e a história do rádio mostra bem essa situação, ele que nasceu como o primeiro meio de comunicação realmente de massa e com um espirito anárquico, que foi combatido até chegarem a conclusão de que o espectro radifonico deveria ser controlado pelo estado e consedido por este aos capitalistas que demonstrem interesse em explorá-lo. Essa prática gerou verdadeiros imperíos radifônicos que posteriormente chegaram também as televisões e se espalhou pelos outros meios existentes.
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