O resultado do encontro de
Tática Eleitoral de Macaé foi inusitado. Quando todos esperavam um amplo debate
entre o PT governista, que defenderia a manutenção do partido como um vassalo
dos feudalistas do PMDB e o PT de oposição, defensor de um partido voltado para
sua história e suas raízes, lutando por um partido independente e comprometido com
a mudança de Macaé, eis que surge uma terceira via.
Articulada pela chapa que
elegeu o maior número de delegados, a tese de candidatura própria saiu
vitoriosa do encontro. Alguns pontos chamam a atenção para essa opção do
partido. O nome indicado é de um neo petista, que chegou inclusive a participar
de uma patética perseguição ao único vereador petista que Macaé, possuía quando
o mesmo ainda estava no PPS.
A escolha daquele triste dia, foi mais uma ação antropofágica, do PT macaense. Alimentaram alguém, que não tem identificação com o partido, que sempre pensou no PT como um trampolim político. O pior é que o domingo acabou por mostrar aos governistas a verdadeira face do monstro que eles criaram. Agora sem máscaras, ele pôde agir como queria e pisou nos seus aliados que tanto defenderam sua entrada no partido.
A "Cara Nova" tão falada durante esse processo, de nova não tem nada. É a mesma que sempre defendeu bandeiras com as quais seu atual partido nunca levantou. Além de não terem cara nova e nem renovada, esse grupo mostrou que mais importante do que cara, eles também não possuem práticas novas e se construíram baseados nas traições que infelizmente vem se tornando prática comum também no PT.
Agora, com a decisão tomada,
aconteceu algo estranho. Quem acha que ganhou, na verdade perdeu e quem parece
que perdeu, na verdade ganhou. Eu explico: Com a decisão pela candidatura
própria, será necessário que o partido rompa com o governo e assim sendo,
muitos “petistas” se verão obrigados a largar o barco governista o quanto antes
e assim a fonte que alimenta acordões secará desidratando esses seres.
Com isso, os petistas que
lutam por um partido mais voltado para a valorização de sua história, saem vitoriosos
do processo eleitoral interno. Com o atual cenário, dificilmente o partido não
encolherá no parlamento, além de não ter ligação com o executivo. Assim, sendo
começou no dia 29 de abril de 2012, o processo de depuração do partido, que
resgatará a militância histórica do PT, onde a militância se sobrepõe aos cargos
e ou questões financeiras.
Por tudo isso, aquele
domingo serviu para confirmar a sabedoria popular. Sim, “há males que vem para
o bem”. O encontro matou o PT. É hora de
trabalhar para ressuscitá-lo e fazer com
que ele volte mais forte, assim como
no mito da Phenix.
Valeu Bial
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