De
tempos em tempos aparecem algumas propostas apontadas como a saída para a
melhora da educação brasileira. A última proposta nesse sentido é o famigerado “Escola
Sem Partido”, que segundo seus defensores, busca eliminar as questões
ideológicas, do ensino brasileiro – como se isso fosse possível -. A
justificativa deles é baseada em uma suposta supremacia no ensino de pensadores
de esquerda, em relação aos de direita.
Pois
bem, passei por todos os níveis da educação. Ensino Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior e confesso que nunca presenciei
essa realidade apontada pelos simpatizantes da proposta. Tive professores das
mais variadas formações ideológicas e em nenhuma das aulas, os vi fazendo “apologia”
ao pensamento pelo qual eles simpatizavam.
Mas
na realidade, o foco deste texto não é o “Programa Escola Sem Partido”. É
preciso transformar a educação brasileira, mas não com essas “pataquadas”. É necessário
que se reestruture a estrutura das escolas e também do ensino, ampliando as
horas diárias de estudo e também a grade curricular. É preciso que tratemos sem
a negligência atual, disciplinas como Artes, Educação Física e Ciências.
Por
isso, a forma é mais importante do que o conteúdo para se corrigir essa triste
realidade que se prolonga há anos. Nossa educação carece de escolas mais
estruturadas que garantam o real aprendizado nas áreas supracitadas. Ao invés
de ficarmos dando asas para essas cortinas de fumaça e investir de forma mais
acertada na formação dos professores, dando a eles reais condições para
lecionarem, inclusive incentivando os estudantes a se aprofundarem nas questões
referentes a essas disciplinas.
Para
isso, precisamos de mais instituições de ensino com laboratórios de ciências,
bibliotecas, quadras e espaços esportivos e culturais. Assim, transformaremos a
educação e consequentemente a sociedade.
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