O
sistema penitenciário brasileiro está falido faz tempos e pouco tem sido feito
para alterar essa realidade. Entretanto, esta semana aconteceu o primeiro
avanço para a transformação da realidade prisional brasileira. A presidente
Dilma Rousseff (PT), sancionou com veto, mudanças na Lei de Execução Penal, instituindo
o ensino médio nas penitenciárias. O texto já foi publicado no Diário Oficial
da União (DOU).
A
nova legislação estabelece que o Ensino Médio, regular ou supletivo, com
formação geral, ou educação profissional de nível médio, seja implantado nos
presídios, colocando em prática o que já é estabelecido pela Constituição
Federal de 1988, garantindo a universalização da educação.
O
ensino oferecido aos presos será integrado aos sistemas estadual e municipal de
ensino e será mantido com o apoio da União, não apenas com recursos previstos
para a educação, mas também pelos recursos destinados ao sistema estadual de
justiça ou administração penitenciária.
A
lei garante ainda que os sistemas de ensino ofereçam aos presos cursos
supletivos de educação de jovens e adultos (EJA), além de ensino a distância.
Outra preocupação abordada pela legislação é em relação ao nível de
escolaridade, dos detentos, a criação e manutenção de bibliotecas que atendam
os presos e o acervo das mesmas.
A
medida é um avanço interessante para transformar a realidade dos presídios
brasileiros, mas ainda é insuficiente. Além destes avanços é preciso ainda
garantir uma justiça mais rápida, que garanta aos detentos as condições para
que não fiquem presos, seja antes das condenações ou ainda depois de
cumpri-las, com todos sabem que acontece. É necessário também ampliar a infraestrutura dos presídios existentes, garantido dignidade aos condenados e
ampliar o número de presídios para combater de maneira séria e responsável a
superlotação dos já existentes.
Entretanto,
essa iniciativa já é um avanço interessante no caminho da mudança que o sistema
penitenciário brasileiro precisa há tanto tempo.
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