O
mais popular e humano romancista inglês retratou a Londres de sua época.
Aprendeu inglês e latim com sua mãe, mas foi obrigado a deixar os estudos,
quando seu pai foi preso, por conta de dívidas. Passou a trabalhar em uma
fábrica de tintas, onde permaneceu por vários meses. Retoma os estudos quando
seu pai paga as dívidas e reconquista a liberdade.
Depois
de deixar a fábrica, trabalhou em um cartório. Alguns anos depois passa a
trabalhar como repórter e redator de peças curtas em alguns periódicos, com o
pseudônimo de Boz.
Em
1837, Charles Dickens alcança a fama após escrever “Memórias de Sr. Pickwick”,
obra publicada em um jornal durante 20 meses, em forma de folhetim, onde
retratava alguns de seus amigos de maneira humorada utilizando-se de
caricaturas.
Além
de Pickwick, Dickens escreveu mais 14 obras, a maioria foi publicada também em
formato de folhetim. Em Oliver Twist (1838), o mais sinistro de seus romances,
ele descreve os horrores do trabalho nas usinas. A obra é considerada um ensaio
social sobre a época.
Em
Nicolas Nickeby, escrita em 1839, Dickens associa o cômico ao trágico,
condenando os internatos dirigidos por professores perversos e ignorantes. Em
1843, publica A Christmas Carol. Em David Copperfiled, de 1850, um romance
autobiográfico, Dickens retrata a vida como a viu em uma época sombria quando
trabalhava na fábrica de tintas, quando era criança.
Em
vários romances o escritor e jornalista critica as condições econômicas e
sociais de sua época. O contraste entre o ambiente dos empregadores e seus
subordinados, condições deploráveis do trabalho das crianças, a vida miserável
dos pobres e a crueldade da prisão por dívidas, testemunhando o lado mais
sombrio da revolução industrial.
Dickens
dominava a arte do conto, ora fazia rir, ora comovia os leitores e ou ouvintes,
criava tipos variados. Ganhou fama como orador, cria sua própria companhia de
teatro e percorre o país, escrevendo peças e representando. Faleceu em 9 de
junho de 1870, vítima de um acidente vascular cerebral, foi sepultado na Abadia
de Westminster. Em sua lápide, lê-se o seguinte epitáfio: Apoiador dos pobres, dos que sofrem e dos
oprimidos”.
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