Há
alguns anos atrás um grande clube brasileiro assinou um contrato de parceria
com um misterioso grupo de investidores internacionais que desejavam à época atuar
no mercado brasileiro. A parceria não durou muito tempo e mesmo com a conquista
do Brasileirão, ela gerou mais polêmicas do que benefícios.
O
fundo investidor acabou sendo investigado pelo Ministério Público e pela
Policia Federal, por lavagem de dinheiro e a parceria foi encerrada deixando o
clube na pior crise de sua história, figurando mais nas páginas policiais do
que no caderno de esportes.
Anos
depois o mesmo clube assinou um contrato de patrocínio com uma estatal que
também gerou polêmica. Teve até ação judicial impedindo o repasse dos valores
acordados entre as partes. A alegação para justificar essa ação era a de que o
Estado não pode repassar dinheiro público para instituições privadas sem que
haja a contrapartida por parte da instituição.
Esse
fato gerou polêmica por um tempo e se estendeu por que o mesmo banco estatal
fechou contrato de patrocínio com outro gigante nacional, que enfrentou os
mesmos problemas do primeiro. Entretanto, algum tempo depois o bom senso
prevaleceu e os repasses foram liberados. O banco inclusive ampliou
consideravelmente o número de clubes patrocinados.
Agora,
me surpreendo com a informação de que outro grande clube brasileiro fechou um
contrato de patrocínio com uma multinacional que está impedida pela justiça de
atuar no Brasil. O argumento que sustenta a decisão judicial é que o braço
brasileiro da empresa é acusado de fazer lavagem de dinheiro.
Esse
acordo de patrocínio levanta ao menos uma questão complicada. Por que uma
multinacional que não atua no mercado brasileiro (impedida pela justiça)
investiria pesado em patrocinar um grande do nosso futebol? É preciso
esclarecer essa dúvida.
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