Um
fantasma ronda São Paulo, o espectro do conservadorismo fascista a cada dia se
consolida nesse estado com práticas e com propostas que mostram o retrocesso
vivido pelos paulistanos e também pelos paulistas. Não é a primeira vez que
escrevo sobre esse preocupante quadro de intolerância e desrespeito aos
direitos básicos do cidadão, por parte do Estado que é quem deveria primar por
isso.
Depois
de colecionarem casos estapafúrdios de intolerância e preconceito na questão
educacional, agora os vereadores de São Paulo, aproveitam para embarcar nessa
onda propondo a proibição da realização de bailes funk em espaços públicos. O
projeto, de autoria dos vereadores Conte Lopes (PTB) e Coronel Camilo (PSD),
ainda estende a proibição aos espaços privados de livre acesso ao público. O
não cumprimento dessa lei será punido com multa e apreensão do carro.
Para
esses senhores, a ideia (reacionária) se justifica, pois os bailes estimulam o
consumo de bebidas alcoólicas e drogas atrapalha o trânsito, prejudicando moradores
com o som alto. – como se fosse só o funk –.
É
evidente que esse projeto não pode ser sancionado pelo prefeito. E isso não
pode ocorrer exatamente pelo lado preconceituoso e discriminatório do mesmo.
Por que só bailes funk? Quer dizer que se o carro estiver com o som alto, mas
tocando outro estilo, a bagunça está liberada?
O
foco dessa questão não deve ser o gênero musical, mas sim o volume exagerado
desses carros, o que ao que parece já existe legislação que trata disso,
faltando apenas regulamentar a fiscalização da mesma. Por isso, é fundamental
que o Haddad vete esse absurdo, travestido de ordenação. É preciso bom senso
para tratar dessa questão e reconhecer o funk como uma manifestação cultural,
assim como já acontece com vários outros estilos musicais.
Somente com atitudes como o veto a uma proposta como essa pode levar os paulistas e paulistanos a tomarem um novo rumo em direção ao futuro, se libertando do entulho fascista que assombra São Paulo há anos.
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