Pode
até parecer estranho, mas mesmo tanto tempo depois de sua morte, o cantor,
compositor e líder da Legião Urbana, Renato Manfredini Júnior, continua
atualíssimo com sua obra. Não apenas por ter recentemente ido parar nas telonas
do cinema, com a vídeo biografia de sua banda e com a famosa história de João
de Santo Cristo, mas principalmente por que grande parte de suas letras continuam
com o mesmo vigor, retratando a realidade em que vivemos.
Por
isso, o título do texto. Hoje vivemos um realidade, onde pensamos ser uma
democracia com a garantia de direitos para todos os grupos que compõem a
sociedade, mas rapidamente percebemos, que como diz a sabedoria popular, “na
prática, a teoria é outra”.
Grupos
conservadores, principalmente os ligados a algumas religiões, propagam asneiras
e insanidades, celebrando a estupidez humana e distorcem a realidade para
justificarem seus absurdos. Querem utilizar a democracia para garantir seus
direitos, mas atuam de forma vil, em uma estapafúrdia caça às bruxas, em
relação a grupos diferentes. Incitam o ódio, pregam ideias ultrapassadas, que
lembram em muito as defendidas por regimes totalitários, que assolaram a
humanidade, no século passado.
Esses
grupos, dizem defenderem seus direitos, mas não aceitam o princípio da
isonomia, que garante à todos, os mesmos direitos. Se escondem atrás, da Bíblia
com interpretações errôneas dos textos, que lá estão para justificar, sua
intolerância. Esquecem que para existir uma democracia plena, precisamos
isonomia e também de um Estado Laico, onde os assuntos teológicos, não se
sobreponham aos direitos civis.
Agora,
em nome da vida, atacam a própria vida – por mais paradoxal que isso possa
parecer e é – Querem a aprovação de um Estatuto, que representa um grande
retrocesso na questão do direito da mulher, reafirmando e consolidando o
machismo, que sempre existiu na sociedade.
Espero
que a sociedade acorde desse “estado de coma”, o quanto antes para termos um
mundo mais saudável, justo e igualitário.
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