A Carta Aberta de setembro é endereçada a cantora e ex ministra da Cultura, Ana de Hollanda que anunciou hoje seu desligamento da pasta. Parabenizo aqui a coragem dela de criticar de maneira tão clara a atual situação da Cultura em nosso país, algo deixado de lado há tempos pelo poder público brasileiro e que acaba por afastar investimentos maiores da iniciativa privada. Já passou da hora de nossos governantes avaliarem a questão cultural como prioridade, afinal os ganhos que tal comportamento trariam ao país são incalculáveis, além de garantir um maior destaque ao Brasil no cenário internacional.
Infelizmente essa situação não é a nossa realidade, pois falta um maior investimetno por parte da classe política. Basta um rápido giro pelas nossas cidades para descobrirmos pontos de interesse histórico cultural, que estão em completo estado de abandono. Faltam incentivos nas mais variadas formas culturais, mesmo na chamada cultura popular, a ação dos gestores culturais deixaaa desejar. Isso acontece por que o orçamento anual da pasta é limitado a apenas 0,06% do orçamento da União. Não precisa ser especializado em economia e ou em administração para chegar a conclusão de que esse dinheiro é insuficiente, para se tratar a cultura com o devido respeito. Assim, quem perde é o país.
É hora de o Governo Federal, juntamente com estados, municípios e profissionais do setor discutam meios para mudar essa triste realidade. Vejamos exemplos de outros países, emergente ou não que utilizam suas produções culturais como propaganda dos mesmos. Como pensar em cinema e não lembrar de Estados Unidos, na França, na Itália e até na Índia. Em relação a música clássica, podemos citar a Alemanha, a Áustria, a Rússia e alguns outros países, que resurgiram após o fim da União Soviética, o mesmo acontece com a dança. É necessário que o Brasil incentive a cultura nacional e consolide a mesma como identidade nacional propagando a pelo mundo.
Para que isso aconteça é preciso uma ação mais ampla do Ministério e não é trocando a ocupante da pasta que chegaremos a alguma solução. É preciso reformular por completo as práticas do mesmo, caso contrário a troca não terá resultado efetivo, fazendo do Ministério apenas um local para negociações políticas eleitorais.
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