Este ano de 2011 é um ano especial para quem estuda as comunicações, pois nele celebramos o centenário de um dos maiores pensadores da comunicação contemporânea. 21 de julho completa 100 anos de nascimento de Marshal McLuhan, filósofo e educador canadense que revolucionou a comunicação com suas previsões visionárias, que se confirmam nos dias atuais.
Filho de um corretor de seguros com uma mulher cosmopolita, culta e com grande afinidade com a literatura, McLuhan nasceu em Edmonton, no Canadá e aos nove anos, mudou-se com a família para Winnipeg, onde fez o colegial e a faculdade, vindo a ser formar em 1932 e o Mestrado em 1934, pela Universidade de Manitoba. Depois, estimulado pela mãe, conseguiu uma bolsa de estudos para a Universidade de Cambrige, na Inglaterra.
Após doutorar-se em filosofia, pela Universidade de Cambridge, em 1943, lecionou em várias universidades dos Estados Unidos, de 1944 a 1946 e na Universidade de Toronto de 1946 a 1979. Nesse período publicou diversos livros como “O Meio é a Mensagem”, de 1967 e “Guerra e Paz na Aldeia Global”, publicado no ano seguinte.
Em sua obra, McLuhan introduz termos como Impacto Sensorial, Meio é a Mensagem e o mais famoso deles, a Aldeia Global, que segundo o filósofo, representa o fato de que o progresso tecnológico que vivemos, está reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. Para ele o símbolo desta aldeia global era a televisão, que começava a ser integrado ao mundo todo via satélite.
Junto com o avanço da comunicação representada pela televisão, McLuhan trata em suas obras de outras tecnologias inovadoras para época como a World Wide Web, ou seja, a Internet, que diminuiu ainda mais as distâncias globalizando de maneira definitiva as comunicações. Seus estudos estimularam e continuam a estimular milhares de artistas, intelectuais e comunicadores ao redor do mundo. A revista Fortune, chegou a considerá-lo uma das maiores influências intelectuais do nosso tempo. Para alguns estudiosos, a obra de McLuhan é tão inovadora, que é comparada aos estudos sociológicos de Karl Marx e aos escritos visionários de Júlio Verne.
Sua obra é amplamente marcada pelo o que ficou conhecido como “determinismo tecnológico”, termo que apareceu pela primeira vez nos estudos sociológicos de estadunidense Thorstein Veblen (1857-1929). Este determinismo trata de um esquema lógico no qual aposta-se que um objeto, uma tecnologia ou um meio, acaba por condicionar os modos de percepção e comunicação de uma determinada pessoa e ou cultura/sociedade. Aplicando esta teoria ao trabalho do filósofo canadense, surge a interpretação de que as culturas evoluem em decorrência da forma como elas são afetas pelos meios de comunicação de forma a determinar os modos de se ser humano.
Em setembro de 1979, Marshall McLuhan sofre uma trombose, que o impediu de falar, ler ou escrever. No dia 31 de dezembro, de 1980 aos 69 anos, morre enquanto dormia.
Bah, interessantíssimo essa história de determinismo tecnológico, nos tempos atuais isso realmente é real, a sociedade inteira se adapta às tecnologias e não ao contrário, no ensino fundamental e médio que temos hoje, é amplamente divulgado (e recomendado) o uso de um computador para realização de trabalhos, e como complemento à educação dos jovens, coisa que há algumas décadas atrás não era nem sequer suposto.
ResponderExcluirabraço sorte com o blog
Interessando é a primeira vez que leio sobre o assunto, um coteúdo a mais .
ResponderExcluirótimo blog estou seguindo e voltarei mais vezes.
da uma passada lá no meu e leia sobre marketing sustentável.
www.alvezdetudo.blogspot.com
A verdade é que a busca pelo progresso se dará sempre... de um jeito ou de outro.
ResponderExcluirFaz parte de nós assim como a busca pela felicidade. É algo nato.
Acredito antes de tudo que em muito pela necessidade.
Abraço!